quarta-feira, 20 de agosto de 2014

(Biografia) Mario Coluna "O Monstro Sagrado"





                                Nós e que nos ajoelhamos para si Sr. "Monstro"


Nomes: Mario Esteves Coluna
Nacionalidade Portugal 
                                 Moçambique
Nascimento1935-08-06 - 2014-02-25
Naturalidade: Lourenço Marques, Moçambique 
Posição: Médio (Médio Centro)
Altura: 173 cm
Peso: 76 Kg
Internacionalizações A: 57 jogos / 8 golos

Títulos: 24 títulos oficiais

 2 Taça dos Campeões Europeus: 
1960/61 , 1961/62 
 10 Liga Portuguesa: 1954/55, 1956/57, 1959/60, 1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1966/67, 1967/68, 1968/69
 7 Taça de Portugal: 1954/55, 1956/57, 1958/59, 1961/62, 1963/64, 1968/69, 1969/70

 5 AF Lisboa Taça de Honra: 1962/63, 1964/65, 1966/67, 1967/68, 1968/69



Relação dos jogos efectuados de águia ao peito:
SL Benfica (Futebol >  1954/1955) 32 2 880 0 0 17
SL Benfica (Futebol > 1955/1956) 29 2 610 0 0 12
SL Benfica (Futebol > 1956/1957) 29 2 610 0 0 7
SL Benfica (Futebol >  1957/1958) 35 3 150 0 0 9
SL Benfica (Futebol > 1958/1959) 34 3 060 0 0 13
SL Benfica (Futebol > 1959/1960) 33 2 966 0 1 16
SL Benfica (Futebol > 1960/1961) 35 3 150 0 0 8
SL Benfica (Futebol > 1961/1962) 40 3 600 0 0 9
SL Benfica (Futebol > 1962/1963) 40 3 600 0 0 5
SL Benfica (Futebol > 1963/1964) 33 2 970 0 0 5
SL Benfica (Futebol > 1964/1965) 42 3 780 0 0 12
SL Benfica (Futebol > 1965/1966) 31 2 790 0 0 4
SL Benfica (Futebol > 1966/1967) 23 2 070 0 0 2
SL Benfica (Futebol > 1967/1968) 33 2 970 0 0 3
SL Benfica (Futebol > 1968/1969) 35 3 038 0 0 4
SL Benfica (Futebol > 1969/1970) 19 1 710 0 0 1
TOTAL                                                                  523     46954       0                1                127



Clubes que representou: João Albasini (Moçambique), Desportivo de Lourenço Marques (Moçambique), Benfica e Olympique Lyonnais (França), como jogador. Benfica (camadas jovens), Estrela de Portalegre e Benfica de Huambo (Angola), como treinador.



No arco-íris do futebol nacional, naquela primeira metade da década de 50, o verde era a tonalidade dominante. Vivia-se o tempo hegemónico dos Cinco Violinos (Jesus Correia, Travaços, Peyroteo, Vasques e Albano), que garantiram para o Sporting o primeiro tetracampeonato da história. No Benfica, com saudade, recordava-se o titulo de 49/50 e a vitória na Taça Latina, o primeiro grande feito do futebol lusitano.

Nessa altura, em Lourenço Marque, no bairro do Alto Mahé, onde também cresceram Matateu, Vicente e Hilário, um adolescente começava a emergir nas lides de cariz desportivo. Mário Esteves Coluna, assim crismado foi. Filho de um português da Beira Baixa, aventureiro por terras africanas, que com uma negra de nome Lúcia casaria na capital da antiga África Oriental Portuguesa. O jovem Mário era um predestinado para a cultura física. Decerto, a destreza provinha-lhe da experiência acumulada a subir árvores, ainda petiz, na procura saborosa de mangas ou de caju. “Um dia cais, partes uma perna e vais parar ao hospital”, asseverava José Maria Esteves Coluna, o progenitor, que havia fundado e defendido as redes do Desportivo de Lourenço Marques, filial do Benfica.




Certo é que umas luvas de lutador, pertença de um amigo, fizeram as delicias do jovem Mário. Ainda na puberdade, experimentou o boxe, em combates pouco ortodoxos, sem regras coerentes, circunstância que bem poderá ter concorrido para o espírito combativo, matriz de toda uma vida. Por influência da trapeira, esse encanto dos pobres imberbes, foi Coluna jogar para a equipa João Albasini, albergue de muitos futebolistas de origem laurentina. Basquetebol praticou também, ainda que não tivesse passado da equipa de reservas do Desportivo. Mas foi no atletismo que Mário Coluna obteve, por essa altura, um notável registo. Para assombro de todos, estabeleceu recorde moçambicano de salto em altura, nuns muito estimáveis 1,825 metros, meio centímetro acima, pasme-se!, da marca com que Espírito Santo, outra grande figura do universo benfiquista, tinha destronado Pascoal de Almeida, na lista dos recordistas nacionais.

Ainda que a sua obsessão fosse profissionalizar-se como mecânico do automóveis, atentamente ouviu o conselhos de Severiano Correia, que nele encontrou talento suficiente para fazer uma carreira no futebol.  É nessa altura que troca o Ferroviário pelo Desportivo, num apelo benfiquista que cedo, bem cedo, lhe havia provocado o imaginário.
Aos 17 anos, começou a jogar na equipa de honra da filial do Benfica. Todos os meses embolsava 500 escudos que, às escondidas dos pai, gastava em prazeres diversos. Nessa altura, o FC Porto ofereceu-lhe 90 contos, por um contrato de três temporadas. Reagiu o Sporting, sabedor da recusa de ingressar na equipa das Antas, adiantando a proposta de uma centena de contos, por contrato de três temporadas. A mesma oferta fez o Benfica. Respondeu com o coração, aquiesceu, de águia ao peito ficaria. Pouco tempo antes, já pontificava no Desportivo, coqueluche era, não jogou na África do Sul, que a tanto apartheid obrigava, mas vingou a derrota da sua equipa (2-1), em Lourenço Marques, num arrebatador 7-0, dia em que todos os golos marcou, como quem serve fria e até cruel vingança. Mandela, se é que soube, terá estrugido palmas. “Aterrei em Lisboa, após uma viagem que durou 34 horas. Dei a volta ao Mundo!”. Mas valeu a pena o esforço. De Moçambique, com destino ao Benfica, haviam já chegado, mas de barco, dias antes, Costa Pereira e Naldo. Era um tridente das paragens coloniais, resolutamente apostado, naquela época de 54/55, em devolver o Benfica à ribalta do futebol nacional.


Para além dos seus dois companheiros, Mário Coluna passou a trabalhar, no dia-a-dia, com Jacinto, Artur Santos, José Águas, Fernando Caiado, Francisco Calado, Ângelo, Palmeiro e Arsénio, entre outros. Ficou no Lar do Jogador, criação recente da direcção encarnada. “Mal cheguei, logo me quis ir embora. Vinha como craque, mas Otto Glória não contava comigo, não era titular. Para além disso, quiseram enganar-me no contrato. Meu pai sugeriu-me que voltasse, fiz as malas e só não regressei porque o mordomo do lar tinha ordem para me barrar a saída”.

Só que a bonança não tardou. E que bem ficou no Benfica! O brasileiro Otto apercebendo-se da incoexistência de Águas e Coluna, dois avançados-centro, transformou o moçambicano em centrocampista. Aposta ganha. De Otto, visionário. De Coluna, diletante. Do Benfica, revigorado.



Em Lisboa, o futuro Monstro Sagrado estreou-se frente ao FC Porto, na festa de Rogério e Feliciano. Mas foi com o Vitória de Setúbal, no pontapé de saída do Nacional de 54/55, que Mário Coluna, no palco do Jamor, marcou dois golos, no seu primeiro jogo oficial, para um robusto triunfo com chapa 5. “Deixou impressão lisonjeira. Habilidade, bons toques de bola, remate forte e fácil, e espírito de sacrifício. Um senão, somente: sua inevitável ingenuidade, leva-o a denunciar o passe provocando a intercepção ou o desarme”. Assim radiografou Vítor Santos o inaugural de 525 jogos com traje vermelho. “Nunca mais me esquecerei dessa época. Foi a minha primeira temporada pelo Benfica e ganhei tudo o que disputei (Campeonato e Taça de Portugal), sem esquecer que tive a honra de ser um dos jogadores que estrearam o Estádio da Luz”. E para a posteridade ficaria o registo de 17 golos apontados, o melhor em 16 anos quase sempre preenchidos por delicias garridas.


Mário Coluna deixou uma marca indelével no Benfica. Não fosse Eusébio, a quem carinhosamente trata por “afilhado”, por carinho e de facto, e talvez estivéssemos na presença do mais carismático jogador da centenária história encarnada. Capitão foi, naturalmente, de 63 a 70. Naquele jeito inconfundível de líder. Com voz baixa, mas ar severo. Granjeou respeito. Fez unanimidade.



Cinco finais europeias disputou. Nas duas primeiras, o Didi de Portugal, como era conhecido por terras de Vera Cruz, venceu e marcou golos, repositório afinal do seu dom de finalizador. E aquela terceira final, de má memória, frente ao Inter, tocado de forma vil por Trapattoni? Amputada ficou a equipa do seu maestro, interditas eram à época as substituições. Nesse dia, com estoicismo, aguentou até ao derradeiro e pesaroso silvo do árbitro, pouco mais fazendo que figura de corpo presente. Assim são os bravos, os campeões.



No Mundial de Inglaterra, capitaneou a turma das quinas. Eusébio esteve galvanizante, José Augusto, Torres e Simões deslumbraram. Ao lado de Jaime Graça, futuro reforço benfiquista, Mário Coluna pautou a intermediária, organizou o jogo. Com imponência. A ele se ficou a dever grossa fatia do sucesso das cores nacionais.

Jose Torres, Jacinto, Eusebio e Mario Coluna - 1968 
Dez vezes lhe foi colocada a faixa de campeão nacional, sempre ao serviço do seu Benfica. E mais sete Taças de Portugal ergueu. E internacional foi, ininterruptamente, durante 35 partidas, entre Dezembro de 1957 e Junho de 1965m fixando um recorde. E mais, muitas mais honrarias, com destaque para a presença na selecção dos Resto do Mundo, em Espanha, no Chamartin, ao lado de Rivera, Hamrin, Mazzola, Corso e Burgnich, na homenagem ao grande Ricardo Zamora. Helenio Herrera, o treinador, deu-lhe a braçadeira de capitão. Durante hora e meia capitaneou o mundo do futebol. Sempre humilde, imagem de marca jamais contestada.


A meio da época de 69/70, temporada fatídica para o Benfica, Otto Glória foi substituído por José Augusto no comando técnico da equipa principal. Para o antigo extremo, a hora era de renovação, de nada valendo que o magistral técnico Stefan Kovacs, nesse mesmo ano, tivesse dito que “o Benfica sem Coluna não é igual”. Ferido, despediu-se, não sem antes deixar um remoque a José Augusto, assim se traduz esse “acabei no Benfica quando era o melhor da defesa; sempre fui um jogador invejado”. O tempo passou e a ferida cicatrizou, o Benfica ganhou.


A 8 de Dezembro de 1970, o Monstro Sagrado recebeu os favores da plateia vermelha na festa do adeus. Com Cruijff, Djazic, Luís Suarez, Bobby Moore, Seeler, Hurst. Justo tributo ao grande capitão. À malvas mandou convites do FC Porto e do Belenenses, que em Portugal a paixão era rubra. 
Coluna acabaria por partir rumo ao Olympique Lyon, pelo qual cumpriria mais duas temporadas, para regressar mais tarde a Portugal, concretamente ao Estrela de Portalegre. No Alentejo, desempenharia as funções de jogador-treinador no clube que assistiu ao adeus definitivo ao futebol.

O regresso a África, às origens, foi o passo seguinte de um homem que se preocupava com o desporto para lá do rectângulo de jogo. Chegou a ser deputado pela Frelimo e presidente da Federação Moçambicana de Futebol, acabando também por criar uma academia. Afinal de contas, tinha sido a modalidade que o tinha colocado nas bocas do mundo. O futebol, é verdade, proporcionou-lhe uma carreira. Coluna devolveu a cortesia oferecendo-lhe um nome para a eternidade.

Texto: Memorial Benfica, 100 Glórias


Mário Coluna, o grande jogador, o Monstro Sagrado. Nunca o vimos jogar, apenas breves excertos de arquivo televisivo. Outros poderão falar sobre o antigo capitão do Benfica e da selecção portuguesa, bi-campeão europeu e eterno campeão português, jogador do outro mundo reza a lenda, e acredito totalmente nela, sobre a sua carreira de treinador e dirigente desportivo. Ficou também um livro, sua biografia, da autoria de Renato Caldeira (publicada em 2003 em Maputo)


E ele, com aquele sorriso cheio, que lhe era tão próprio, aquela voz cava, contava mais. Às vezes deixava escapar alguma mágoa, podia ter sido milionário, o dinheiro que lhe ofereciam os grandes clubes italianos teria dado para comprar prédios na Av. de Roma, confidenciava - e na época esse teria sido um investimento certo. Mas o Benfica não deixara, Salazar não deixara.

Pessoa, a quem os mais proximos tratavam carinhosamente de "Monstro", Coluna era um homem muito orgulhoso do seu passado futebolístico, nisso sendo um homem aprazível e nada arrogante. Muito orgulhoso dos seus triunfos, do seu enorme talento, de ter sido companheiro de quem foi (e falava com relevo dos jogadores de então). Também de ter sido, ainda para mais vindo das suas origens mescladas e moçambicanas, capitão do Benfica e da selecção portuguesa. Era moçambicano, com prazer e orgulho - quantas vezes resmungão, como cada um de nós no seu país. Para além disso adorava, e de que maneira, o Sport Lisboa e Benfica.



"Carregador de piano", "Monstro sagrado" ou simplesmente "Capitão". Não faltaram alcunhas para classificar Mário Coluna durante os 16 anos que passou no Estádio da Luz, rodeado de estrelas do futebol e, sobretudo, de elogios e palavras de reconhecimento. Ele era o patrão do meio-campo, o maestro, o motor da versão mais gloriosa de um Benfica que surpreendeu a Europa. E de uma selecção que fez furor no Mundial de 1966. No discurso de Artur Correia, que com ele conviveu no início da década de 1970, Coluna era, acima de tudo, “uma instituição”.

O verdadeiro poder de influência de Mário Esteves Coluna, o certificado do prestígio que foi granjeando nos relvados ano após ano. A voz de comando de Coluna já ecoava nos bastidores do futebol. Ele, que era descrito como um capitão de poucas palavras, que muitas vezes nem precisava de abrir a boca para pôr a equipa em sentido. Ele, que chegara a Lisboa como um jovem tímido e que havia seriamente considerado voltar para Moçambique, depois de um período de adaptação com altos e baixos.


                                           Curiosidades


Coluna, Charlie Mitten e Eusebio

Só comecei a jogar futebol calçado aos 15 anos”, revelou há tempos em declarações à Benfica TV. E fê-lo justamente no João Albasini, que agrupava um conjunto diversificado de desportos. “Quando era júnior, no Lourenço Marques, jogava de manhã nos juniores e à tarde ia jogar nos seniores no João Albasini”, recordou.





Nunca joguei nas reservas, nunca fui suplente, joguei nas selecções todas”, enfatizou, com orgulho, perante as câmaras da Benfica TV.





Jaime Gr
aça, outra das figuras de proa do Benfica de então, atesta essa versão: “Era ele que conduzia a forma de nós ocuparmos os espaços no campo. ‘Vai mais à frente, miúdo, ou vem mais atrás’. Ele levava o jogo todo a dar indicações”, assinalou.



Durante o Campeonato do Mundo, num episódio caricato que envolveu o seleccionador nacional. “Salvei o Otto Glória de ser expulso do banco. Houve uma jogada em que o árbitro marcou falta contra Portugal e o Otto Glória levantou-se do banco, foi até à linha e o árbitro foi ao nosso banco. E quando o vi a ir, fui atrás dele. Quando chego lá, o árbitro já estava a levantar o braço para expulsar o Otto Glória. Eu cheguei e bati no braço do árbitro e, no meu fraco inglês, disse: “Mr. Referee, I’m the captain of my team. I’m so sorry about my coach





O treinador quando falava connosco na cabine dizia: ‘Vamos jogar assim, assim. Lá dentro do campo, quem manda é o Mário Coluna”. 





Como jogador permanece na luz durante 16 temporadas, voltando mais tarde para trabalhar nos escalões de formação. Foi o primeiro treinador de Rui Costa no Sport Lisboa e Benfica.


Disputou um total de 677 jogos e marcou 150 golos de águia ao peito. Com 59.702 minutors é, ainda hoje, o segundo futebolista com mais tempo de jogo.


Mário Coluna foi um desses privilegiados que nascem para o futebol, graças ao talento inato, ao temperamento infatigável e a uma condição física naturalmente robusta, qualidades que soube ainda acrescentar essa raro condão de simpatia pessoal e conquista de um prestígio que fez dele titular indiscutível na nossa equipa de honra. Um futebolista digno das tradições do Clube e da gloriosa camisola rubra. Um jogador à Benfica!


PRIMEIRO JOGO

SL Benfica 5 X 0 V. Setúbal

12 Set 1954


Campeonato Nacional
Equipa inicial: Costa Pereira, Ângelo Martins, Artur Santos, Naldo, Jacinto, Francisco Calado, Fernando Caiado, Coluna, José Águas, Arsénio, Salvador Martins
Treinador: Otto Glória
Golos: Coluna, Coluna, José Águas, Arsénio, Salvador Martins

ULTIMO JOGO

SL Benfica 0 X 1 CUF

08 Fev 1970
Campeonato Nacional
Equipa inicial: José Henrique, Adolfo, Jacinto, Humberto Coelho, Coluna, Jaime Graça, Toni, Simões, Eusébio, Abel Miglietti, Artur Jorge
Treinador: Otto Glória



Até sempre, "Monstro Sagrado"

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Entrar a ganhar



Entrar a vencer, será sempre moralizador, mas depois das muitas palavras "elogiosas" a nossa equipa, parece que esta vitoria tem também um sabor de afirmação, de que a equipa continua sólida, a crescer pois saíram alguns jogadores muito utilizados, mas tudo a seu tempo, e nesta primeira jornada mostramos ter ideias similares ao ano passado, movimentações diferentes como e normal temos que ir inovando, mas a base continua lá, manter a bola, controlar o jogo e o adversário... 


Com isto não quero dizer que fizemos um grande jogo, mas fizemos um jogo bastante positivo... O nosso meio campo ainda anda indefinido, e esse sempre foi o nosso coração da equipa, fazer mexer o nosso meio, posicionar para não permitir adversário subir tanto no terreno como o paços se atreveu muitas vezes... Talisca ainda a entrar no ritmo da equipa com algumas falhas de posicionamento levaram a alguns "buracos" no meio campo que se tornaram em perigosos contra ataques... Enzo Perez sem intensidade, não quero especular sobre o porquê desse rendimento, prefiro acreditar como sempre que sempre deu e da tudo pelo Benfica, por isso conto já com ele melhor fisicamente no domingo frente ao Boavista. Amorim para mim apesar de achar que não se adapta tão bem a posição de "6", perde algum do seu futebol de bola no pé, mas fez um grande jogo, com algumas falhas mas sempre bem posicionado, Amorim é um dos jogadores que melhor entende os posicionamentos tácticos da equipa, por isso e normal a sua adaptação...



A equipa ao longo da primeira parte e talvez a partir dos 30min da 1 parte, resolveu os "buracos" que os jogadores do paços aproveitavam no meio campo para cair em cima da nossa defesa...
A saída do Enzo veio dar razão a essa ideia, visto que a equipa estabilizou o seu jogo, e passo a controlar muito melhor o adversário, não permitindo saídas rápidas pelo meio, e tentando com os seus alas tampar espaços nas alas...
A entrada o Almeida veio trazer um meio campo muito sólido, sem mais espaço a nada, com a entrada do Almeida, JJ disse claramente que acabou o jogo... Para jogos mais exigentes vejo o Almeida a jogar...


Se o Enzo ficar na equipa, e se o Talisca se vier a afirmar(precisa de algum tempo)... podemos vir ter 1 uma equipa muito forte novamente no controlo de jogo, e dessa forma e mais facil ganhar titulos...
Falo no Enzo porque nao me parece que venham oferecer 45M pelo Gaitan... 

Sobre a Baliza, já chega de fazer a cama aos nossos Guarda redes, o Artur não e o meu preferido, mas enquanto representar o Benfica, sempre terá o meu apoio... Se um dia consegui gritar e apoiar o Luís Filipe, aquele extremo "fortíssimo"... Se vier o grego e o Júlio César, serão mais 2 para 1 luta a 3 pela titularidade... Não tenham memoria curta para o bem ou para o mal!!


O Eliseu mesmo com uns kilos a mais, e rapido e disfarca muito bem... forca fisica... assusta ter um "animal" daqueles pela frente... sera um belo reforco...



CARRRRRREEEEEEEEEEEGA BENFICA


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

De grão em grão, a galinha enche o papo


Primeiro jogo a serio, e a equipa voltou a mostrar-se competitiva... Jogo com muitas e boas oportunidades, e uma deficiências em finalizar jogadas, incluindo jogadas feitas e oferecidas...

Apesar de ser mais uma taça, que todos gostam de ganhar, nesta fase interessava ver qual a nossa motivação, qual era a nossa intensidade de jogo, pois a pré época teve muitos bons apontamentos individuais, alguns bons apontamentos colectivos, mas não vimos a intensidade que nos caracteriza, como aliás e "relativamente" normal, visto que jogamos com muitos jogadores novos, onde ao longo do tempo os do ano passado se foram juntando.

Temos "novo" talento e temos "velho" talento... Mas não se esqueçam que temos talento na equipa, e que em nada tem a ver com o jogo de ontem, ate porque jogamos bem, mas não foi ontem que começámos a jogar assim, as equipas do JJ  nos habituaram a entrar com dinâmica e intensidade quando é a serio... Esse era o meu principal motivo de interesse que apesar de querer ganhar todas as taças que possa, o importante era ver como se porta a equipa num jogo a "serio", e nisso fomos enormes, demos tudo em campo, fomos intensos, moveis, soubemos fazer trocas de jogadores, como entre Gaitan e Talisca nas faixas, sempre em trocas constantes confundindo marcações adversários, e tirando proveito do melhor que estes podem dar ao jogo, a sua criativa e qualidade de passe, que quando sozinhos sem marcação torna-se mais fácil executar.



Dinâmica entre Enzo e Amorim, muito positivo, ambos defendem quando necessário, Amorim que nas suas características tem uma qualidade de passe impressionante, por vezes sobe no terreno, descendo o Enzo... Depois de perder o Fejsa, Amorim devera ser o eleito para ja para este lugar... apesar de concordar que nestes jogos faca sentido um jogador como Amorim, penso que o André Almeida já justificou que está para a curvas, e defensivamente e melhor que o Amorim, apesar de não preencher tao bem o campo. Visto serem jogadores diferentes na mesma posição, é optimo poder contar com ambas as opções.



Luisão e Jardel, são outra música em comparação com Sidnei e César...
Luisão entra e sente-se que a equipa volta a ter um líder em campo, capaz de organizar a equipa não sofrendo tanto como na pré época que parecia que cada um defendia por si...
Jardel e sempre muito competente, tens uns erros como qualquer jogador tem... Não faz o impossível, mas torna o difícil, fácil...
César ainda verdinho, tem qualidade mas tem que entrar aos poucos pois não tem andamento para o Benfica nesta fase... O Sidnei nem vale a pena falar...



A nível físico, nota para o nosso monstro ENZO, que jogou 120min no seu primeiro jogo este ano, ao fim de apenas 1 semana de treino... Isto só se explica quando um jogador não perde a cabeça quando entra de ferias e se mantém saudável e em forma nas ferias, para que a sua integração seja rápida... Enzo e um exemplo de profissionalismo e qualidade... E um prazer, simples deleite ver Enzo Perez em campo... Mas receio que o que fez ontem só o vá aproximar mais da saída...
Luisão também merece menção, pois apesar de central, também efectuou os 120min, onde por ele apenas me recordo um lance mal orientado, de resto sempre impecável, sempre Xerife, sempre imperial.

Gostaria de falar do Eliseu que veio e convenceu, tacticamente e impressionante, sempre no sitio certo, forte fisicamente... E ofensivamente e muito desenrascado, com a adição de um remate muito forte. E dele o lugar sem duvidas.
Benito terá também uma palavra a dizer, pois também foi dos novos jogadores que mais gostei de ver... Será uma luta muito interessante...


A equipa não me parece ter a qualidade do ano passado, em que tivemos 1 plantel recheado de valor que nos permitiu fazer ao longo de toda a época uma gestão impressionante por parte do JJ que tirou proveito de 19/20 jogadores em grande rendimento o ano passado.
Este ano estamos mais curto de plantel, e por isso o sonho de ganhar novamente tantos títulos numa época para longínquo... Mas não duvidem que temos plantel para discutir o campeonato.

Temos que conseguir manter o Enzo e o Gaitan claro que neste momento são eles que ligam todo o jogo do Benfica, e sem eles este falatório todo caia por terra...




CARREEEEEEEEEEEEEEEGA BENFICA